Esse post participa da Campanha Votem no Ocioso . Estou começando a levar a sério aquela história de 2012: ALICE começa a colidir seus íons...
Esse post participa da Campanha Votem no Ocioso. |
Estou começando a levar a sério aquela história de 2012: ALICE começa a colidir seus íons de chumbo e cria Big Bang em miniatura.

Eu sabia, um negro presidente dos EUA que ainda chama o presidente do Brasil de "O Cara". Uma mulher presidenta do Brasil (o Serra se contentaria com meio mandato, se fosse ele. Os marqueteiros da Dilma vão lançar um novo slogan: Quatro anos em dois). Um palhaço analfabeto deputado. Tem até sacoleiro indo para Miami dizendo que vai ajudar os Estados Unidos levando moeda forte para lá...
Os sinais estão claros como em uma visão Maia. Até um vidente cego teria notado.
Mas não, preferimos acreditar que o Brasil vai ficar rico e que nós vamos faturar um milhão. Que país é esse?
A próxima Copa do Mundo e a próxima Olimpíada? Vá sonhando...
Mas vamos aos fatos: Cientistas do CERN criaram no dia 8 de novembro um mini-Big Bang no LHC (Large Hádron Collider) anteriormente conhecido como a Máquina do Fim do Mundo (e que eu acho que é cedo para desistirmos dessa alcunha) em um de seus experimentos denominado ALICE (A Large Ion Collider Experiment, ou na tradução do inglês: Experiência do Grande Colisor de Íons).
ALICE é uma das 6 experiências do LHC do CERN conjuntamente com ATLAS, CMS, LHCb, LHCf e TOTEM.
Adaptado de Wikipedia
Para começo de conversa, mini-Big Bang é um nome meio bizarro (parece o nome daquele jogo do PS3 com um bonequinho de pano, o Little Big Planet). Não devia ser chamado de Pequeno Bang? Ou mesmo de Big Bing? Talvez o Google vetasse esse último, mas vamos lá.
Pois o Grande Colisor de Hádrons produziu esse mini-Big Bang (argh!) a partir da aceleração e posterior colisão de íons de chumbo. O que é um feito inédito, já que anteriormente os pesquisadores que trabalham no projeto só conseguiam colidir prótons.
Nessas temperaturas, até mesmo prótons e nêutrons derretem, resultando em uma densa sopa de (partículas) quarks e glúons, conhecida como plasma quark-íon.
David Evans. Um dos cientistas responsável pela colisão dos íons de chumbo.
Pois desse crash-test de partículas (e pelo que se vê, cada vez maiores) eles esperam responder qual é o segredo da vida, do universo e tudo mais.
Só que o que o que eles esperam encontrar não é o número 42, e sim uma sub-partícula que só existe na teoria denominada Bóson de Higgs. A qual é considerada a chave para explicar a origem da massa, e descobrir sinais de novas leis da física, como o modelo-padrão chamado supersimetria.
David Evans, da Universidade de Birmingham, e um dos responsáveis pelo sistema de colisão de íons de chumbo do LHC, relatou que as colisões conseguiram gerar as maiores temperaturas e densidades já criadas em um laboratório.
Estamos muito empolgados com essa façanha. Esse processo foi feito com total segurança em um ambiente controlado, gerando bolas de fogo incrivelmente quentes e densas, com temperaturas acima de 10 trilhões de graus Celsius, um milhão de vezes mais quente que o centro da Terra.
David Evans. Um dos cientistas responsável pela colisão dos íons de chumbo.
Ele e seus colegas esperam aprender mais sobre o plasma que deu origem ao Universo, um milionésimo de segundo após o Big Bang, há cerca de 13,7 bilhões de anos.
Os Quarks e glúons são partículas subatômicas fundamentais na constituição da matéria. Nesse estado, de plasma quark-íon, essas partículas não se atraem mais uma pela outra. Os físicos esperam aprender mais sobre a força que liga os núcleos dos átomos e que é responsável por 98% de sua massa. Para tanto terão que analisar os dados obtidos com a experiência por semanas.
Tem gente que pode estranhar o meu tom meio irônico, quase sarcástico quando trato do tema. É que eu fico assim mesmo quando estou exercitando meu Complexo de Cassandra.
Depois que terminar a colisão de íons, o LHC voltará a colidir seus prótons, para ver se chegamos pelo menos até 2012.

Dois trios elétricos dirigindo em mesma direção e em sentidos oposto se aproximam um do outro no Pelourinho em alta velocidade (uns 20 km/h). Se esse experimento (chamado de Large Soteropolitan Destruction - LSD) acelerar dois baianos a ponto deles colidirem, é o fim do mundo!
War
Fonte: CERN, BBC Brasil, Wikipedia.
COMMENTS